Muitos empresários ainda vivem a olhar por cima do ombro, assumindo uma cultura assente no medo e na desconfiança. Esta forma de estar acaba por se propagar a toda a organização e imprime um movimento retrativo.
Os dados são o objeto de um dos temas mais controversos da atualidade, mas um gestor tem que ter a capacidade de saber pesar os dois lados e apostar no formato que lhe permita evoluir a empresa.
Ainda existe o estigma da propriedade: a ideia de que tudo o que esteja dentro das nossas “4 paredes” está mais seguro porque o estamos a “ver”, algo que na prática não é assim tão linear. É importante que se faça uma reflexão sobre possíveis perdas. Só assim será possível perceber se esse sistema é efetivamente mais seguro.
No que diz respeito à segurança, é fundamental avaliar todas as possibilidades. Sejamos realistas, é muito mais provável que avarie um servidor, que o sistema operativo fique inativo, haver um incêndio, dar-se uma inundação ou que aconteça um assalto do que colapse uma empresa como a Google ou a Microsoft.
Por outro lado temos os tempos de paragem. Com os sistemas convencionais, é necessário recorrer a profissionais para restaurar o sistema. Não é raro que uma empresa fique uma semana sem sistema entre a espera pela entrega de um novo servidor e a plena reposição de serviços.
Outro grande problema está associado à supervisão e manutenção. Cheguei a detetar em clientes que os backups não eram efetuados há meses e, nos casos em que o gestor insistia em levar consigo um disco para casa, era usual os discos de backup ficarem esquecidos ao lado do servidor durante semanas.
Facilmente se perceberá que a aversão à evolução tecnológica expõe mais as empresas ao risco de perda e de paragem. Um gestor consciente tem a obrigação de se informar e de procurar as soluções mais indicadas para proteger o seu negócio.
